A pediatria já utiliza o hormônio Anti-Mülleriano (AMH) como parâmetro clínico na identificação de problemas de precocidade sexual, puberdade precoce (baixas concentrações de AMH) e tardia (altas concentrações de AMH). O estudo foi conduzido com objetivo de verificar a correlação das concentrações de AMH à desmama em bezerros Nelore, de acordo com a classe de precocidade sexual. Sessenta e um machos Nelore, utilizados para este experimento, foram classificados conforme sua precocidade sexual: superprecoces (SM) - animais que apresentaram idade à puberdade até 52 semanas de idade; precoces (M) - aqueles que chegaram à puberdade entre 53 e 64 semanas de idade; e tardios (L) - aqueles que alcaçaram a puberdade a partir de 65 semanas. Destes, o sangue foi coletado três vezes (desmame, 12 e 16 meses) para quantificação de AMH e testosterona (T). Na puberdade, os machos SM, embora mais jovens e com menor peso e peso de desmama, não diferiram de M e L para níveis hormonais de AMH e T. Os dados mostram que a medição de perímetro escrotal (PE) não pode ser uma única ferramenta para definir a puberdade, uma vez que cada classe deste trabalho apresentou medidas distintas. O perímetro escrotal não influenciou (P > 0,05) a expressão da idade à puberdade dos tourinhos. Não foi encontrada correlação da concentração do AMH com nenhuma das características estudadas (P> 0,05). A utilização do parâmetro de perímetro escrotal, como único fator de predição de precocidade sexual, não conseguiu identificar a precocidade sexual, sendo necessário acompanhamento por coleta de sêmen (P > 0,05).
Palavras-chave: AMH, Puberdade, Touros.